Sempre ouvia falar sobre esta festa na televisão e sempre dizia que iria um dia, mas toda vez que chegava o mês da festa, acabava esquecendo de agilizar as coisas para realmente ir.

Mas esse ano foi diferente, juntamos algumas pessoas e preparamos para desbravar o Bixiga em busca de boas comidas italianas. A festa que parece uma gigante quermesse, mas apenas com comidas típicas do país da macarronada, é composta por barraquinhas muito bem organizadas com filas gigantes mas que funcionam com muita eficiência e rapidez. Os preços variam entre R$7 á R$ 20 reais, mas pra quem esquecer o dinheiro em casa, existem barracas que aceitam cartão de débito.

Desde uma típica Fogazza até uma Fricazza (que nunca tinha comido na minha vida), até barracas de pescaria, carrossel, sorteio de carro com um a belo queijo de 100 quilos.

Para pedir um prato, primeiro você pega uma fila para comprar uma ficha e logo em seguida já segue outra que te dá o direito de pegar o seu pedido. O mais impressionante é a animação do pessoal! Que aliás, são todos voluntários. É visível que eles trabalham com muito amor, afinal existem até música para quando se falta a calabresa para alguma Frigazza. Fiquei me perguntando se todos que trabalhavam nas barracas eram pessoas da paróquia Nossa Senhora da Achiropita ou pessoas de outras regiões que se mobilizam pelo evento.

Em quesito segurança, ao longo de toda a festa estão espalhados seguranças (aparentemente particulares) e policiais, o que nos faz sentir mais a vontade, mas isso não significa que você pode andar separado da pessoa que foi com você, afinal é tanta gente que para se perder, basta ficar observando uma barraca por poucos segundos.

Se sentir aquela vontade de ir ao banheiro, esqueça os banheiros químicos, a opção é utilizar os sanitários dos bares e restaurantes vizinhos ou usar a estrutura da paróquia

A Paróquia nossa senhora da Achiropita, que foi fundada por imigrantes italianos em 4 de março de 1926, organiza a festa há 87 edições, que originalmente era comemorada por imigrantes italianos da região da Calábria e hoje é uma das festas mais tradicionais da capital paulistana. O evento conta com o trabalho de cerca de 900 funcionários, e toda a renda é revertida para obras sociais da paróquia.

Se você tiver a oportunidade de ir ao evento, não deixe de visitar a igreja, que apesar de pequena, é cheia de pinturas belíssimas.

Já visitaram a festa? O que acharam? Pensam em ir? Comente.